5.01.2010

Paradigma


Tempo que desbota o rosto
austero de um futuro incerto
borda de um estranho teto
que cobre meu corpo posto.
Fio que liga os momentos
liga meu corpo aos sentimentos
sentidos de uma mente inquieta
que sabe não controlar a meta
Experimento de mortalidade
negrito na vida sem qualidade
salta aos olhos a contramão
a vida em inversa direção
Nem delta, nem ômega, nem sigma
necessidade de mudar paradigma
Nem alfa, nem beta, nem gama
o mundo passa ao pé da minha cama

De mim as letras vão sumindo
apenas os clássicos são os imortais
mesmo mortos sempre parecem rindo
da vida dos humanos animais
Nessa dor uma grande chance
antes que a morte alcance
começar realmente a viver
exercitar a arte do esquecer

Olhar apenas para frente
amar, pois há tanta gente
abraçar o mundo num instante
escrever, mesmo diletante.

Respirar o hálito do mar
colorir o céu ao sol nascer
deitar os olhos ao infinito
romper o silêncio com um grito


VIVER!!!!!

Afinal o mundo é tão bonito...
E eu? Muito moça para morrer.

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Quem sou eu

Minha foto
Eu sou o fio que liga os pensamentos... o cio dos momentos de afeto... sou o furo no teto... que deixa ver as estrelas... sou a última... não as primeiras... fico no fim da sala... acalmando a alma... que não cala... silenciosa em desatino... sou as palavras sem destino... voando pela goela... sou a alma que berra... o sentimento insano... sou boneca de pano... na infancia da pobreza... sou o louco que grita... as verdades para a realeza... é sou eu... espelho torto do mundo, amor de Prometeu, fogo ao homem, fome de pássaro pontual e solução de caduceu...