5.01.2010

A duas vozes

Sentes-me mesmo distante?
sentir-te me é o bastante
Mesmo sem substrato
nem cheiro, nem gosto nem tato.



Sem nunca te olhar
imagino os meus olhos
marcados
fixando no espelho baço
teus traços sofridos
rasgados.

Sinto-te a cada instante
sentimento perdido, confuso
errante
Sinto-te a cada verso de amor
em cada suspiro de dor
lancinante


Sem nunca te sentir
desatina o meu coração
cansado
nas noites frias de inspiração
entre nós…a solidão
pecado.

Teu caminho é também o meu
contigo sigo as nuvens no céu. 
Tua voz é também a minha
alimento-me do mesmo mel
nem mais sinto gosto de fél
sozinha


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Quem sou eu

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Eu sou o fio que liga os pensamentos... o cio dos momentos de afeto... sou o furo no teto... que deixa ver as estrelas... sou a última... não as primeiras... fico no fim da sala... acalmando a alma... que não cala... silenciosa em desatino... sou as palavras sem destino... voando pela goela... sou a alma que berra... o sentimento insano... sou boneca de pano... na infancia da pobreza... sou o louco que grita... as verdades para a realeza... é sou eu... espelho torto do mundo, amor de Prometeu, fogo ao homem, fome de pássaro pontual e solução de caduceu...