7.27.2009

Ainda em mim...

De onde vens, de que confins de mim?
Não me convéns mas me vens mesmo assim...
vivo sem ti, já sei , já sobrevivi,
já até amei, até mesmo já sorri.

Já te chorei mais que um rio,
já me aqueci, me salvei do teu frio.
Já floresci, já brotei, já entumesci...
tu isso, e mais um pouco, consegui, sem ti.

Em noite de frio, com prato vazio, abandono
me vens com cara de cão desfeito, sem jeito,
tremendo de frio, com corpo vazio do meu entorno.

Me faz cara de cio, de só, de retorno,
e eu carente, te aceito, te levo pro leito,
Volta rei rarefeito!!! Feito só para meu trono...

Ó me meu coração...

Não apostes tão alto,
não te postes no asfalto,
quente, nú, e na contra mão.

Pois não sairás ileso,
no mínimo serás preso,
ou atropelado por caminhão.

Então tomes juízo,
meu coração indeciso,
sentindo louca pulsação,

Ansioso como narciso,
em abraçar o riso,
deste amor de sensação.

Ansioso, cioso e sestroso,
com um peso de um vagão,
está este meu coração aquoso,
louco para desperdiçar lágrimas em vão.

Resquícios de ti em mim...

Eu saio da cor da minha cidade
mundo sem sabor, cinza realidade
acalmo o calor, que vem de outra idade.

Então eu te vejo, num outro tempo
ausente azulejo, pequeno percevejo,
da minha mansão, do meu momento.

Então eu te escolho
flor que não colho
do buquê em minha mão...

Mas é intencional,
para te livrar do mal,
que acolhes e te encolhes (natural...)

És tão lindo e fascinante,
não serás só passageiro amante,
Só cometa fugaz e brilhante...

Não, não!!! Serás é constelação,
eterna luz brilhando terna,
em momento de exaustão.

Viajando pelo tempo,
voraz luz em movimento,
Entrando, desbravando em mim
uma amor que voltou,
( não teve fim...)

Tu em meu fim...

o nada que me das, que não me dizes,
me diz muito, tudo que não me vives,
e vivo assim, aceitando, te esperando,
me perdendo em mim morrendo
este amor com fim.
Fico te esperando, orando,
para te ver, fico correndo,
amando, me enganando,
para te querer.
Mas é assim,
chegado o fim que me finda,
já não acredito em tua vinda,
será que serei tua, um dia,
ainda...

Quem sou eu

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Eu sou o fio que liga os pensamentos... o cio dos momentos de afeto... sou o furo no teto... que deixa ver as estrelas... sou a última... não as primeiras... fico no fim da sala... acalmando a alma... que não cala... silenciosa em desatino... sou as palavras sem destino... voando pela goela... sou a alma que berra... o sentimento insano... sou boneca de pano... na infancia da pobreza... sou o louco que grita... as verdades para a realeza... é sou eu... espelho torto do mundo, amor de Prometeu, fogo ao homem, fome de pássaro pontual e solução de caduceu...