5.01.2010

Desejo Carnal


udo que quero
E sentir-te tal qual ferro em brasa
a tatuar meu corpo,
adentra-lo como que entra em casa
ressuscita-lo quase morto.
Ser-te morada eterna
amar-te violenta e terna
abrir-me para teu corpo ereto.
Tudo que quero
é este destino certo
que empurra-me para teu leito.
Não quero mais nenhum feito,
apenas sentir o prazer:
Ter-me deflorada a gemer.
Gritar sinfonia vadia.
Quero amar-te até raiar o dia
afogar-me nos líquidos do desejo.
Quero alimentar-me de beijo
beber da água da alma
quero enfim ter a calma.
Ser saciada inteira
Quero ser-te a primeira,
pois sou virgem no amor.
Amas-me até sentir dor
refresca enfim o ardor
desta minha alma sofredora.
Faz-me de neófita, professora
na arte do amor carnal.
Ama-me tal qual animal,
louco em pleno cio,
derrete meu corpo frio
pois sou inteira tua
assim como o céu é da lua
o palco para ela encenar.
Começa, podes me iniciar
da arte de te amar
ama-me até o mundo acabar
até faltar-me o ar
pois meu desejo é ardente
e minha fome urgente
ama-me pois além de letras
sou também gente!!!!

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Quem sou eu

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Eu sou o fio que liga os pensamentos... o cio dos momentos de afeto... sou o furo no teto... que deixa ver as estrelas... sou a última... não as primeiras... fico no fim da sala... acalmando a alma... que não cala... silenciosa em desatino... sou as palavras sem destino... voando pela goela... sou a alma que berra... o sentimento insano... sou boneca de pano... na infancia da pobreza... sou o louco que grita... as verdades para a realeza... é sou eu... espelho torto do mundo, amor de Prometeu, fogo ao homem, fome de pássaro pontual e solução de caduceu...