3.08.2010

Verdade



As  lágrimas brotam à face, autônomas
produto das desilusões [somas e mais somas]
dos medos que a vida imposta faceira engoliu
do adeus  de todos os homens que alguma pariu
pois cega entregou às má-cegas o coração
hoje olha  para velha mão acenando adeus
para todos os filhos do mundo de Deus
que um dia olharam seus  olhos insanos
injetados de desejos desumanos de afeto
olhando as estrelas por uma nesga no teto
onde chove a ácida chuva das noites em pranto
inundando a sala de seu insano corpo santo
que morre  a cada noite fria coberto pela ilusão
vertendo o triste sangue da alma ao chão
filosofando louca, sábia, em afastamento
sob o tegumento de seu corpo nu ao relento
observando  da alma o sangue que flui
exangue, sem afeto finalmente conclui
vaticina com sabedoria, certeza  e decisão
“viver sem amor é a pior condenação”
[ou única salvação]

[ou a única salvação]

Quem sou eu

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Eu sou o fio que liga os pensamentos... o cio dos momentos de afeto... sou o furo no teto... que deixa ver as estrelas... sou a última... não as primeiras... fico no fim da sala... acalmando a alma... que não cala... silenciosa em desatino... sou as palavras sem destino... voando pela goela... sou a alma que berra... o sentimento insano... sou boneca de pano... na infancia da pobreza... sou o louco que grita... as verdades para a realeza... é sou eu... espelho torto do mundo, amor de Prometeu, fogo ao homem, fome de pássaro pontual e solução de caduceu...