2.24.2010

Triste sina insana





Porque não penso em outra coisa
porque não chega-me logo a lousa
fria em que pousa meu desejo
enquanto espero teu fugaz beijo
que inexiste
porque insiste, me despe,
porque em riste, nunca desce
este desejo que arrefece
minha alma incandescente
louca, lúdica e indecente
que deseja ardentemente
ter-te por dentro
em amoroso momento
improvável
proibido pelo impossível
precipicío do tempo intransponível
inexorável
Que posso fazer eu?
Procurar-te insana?
Amarrar-me ao Cáucaso
tal qual prometeu?
Poetar-te em minha arte
quase humana?

Sentar-me, prostrada e paciente
desejar louca e incoerente
que se finde a senda desumana
apaixonar-me por que não me ama.

Quem sou eu

Minha foto
Eu sou o fio que liga os pensamentos... o cio dos momentos de afeto... sou o furo no teto... que deixa ver as estrelas... sou a última... não as primeiras... fico no fim da sala... acalmando a alma... que não cala... silenciosa em desatino... sou as palavras sem destino... voando pela goela... sou a alma que berra... o sentimento insano... sou boneca de pano... na infancia da pobreza... sou o louco que grita... as verdades para a realeza... é sou eu... espelho torto do mundo, amor de Prometeu, fogo ao homem, fome de pássaro pontual e solução de caduceu...