11.26.2009

Por do sol na ribeira.





Do sol sossobrante da ribeira,
Sento-me só, sento-me à beira,
Penso qual seria eu?
Arbusto ou trepadeira?
Que arquétipo seria meu,
Carvalho ou velha figueira.


 Á brisa refrescante da ribeira,
sinto-me só, sinto-me à beira,
da loucura em tua palavra certeira.
das tuas carìcias que em verso galanteia.

 

Que fruto seria meu?
Maçã  de cobra sorrateira?
Enfeitiçando, atirando ao fogo,
Meu corpo de madeira.


Ao relvado verdejante da ribeira,
Só, nua, sinto-me inteira,
Dispo-me e espremes meu suco,
Em letras, para ti, sou videira.


No úmido hálito da ribeira,
À lua, dou-te minha rosa, brejeira,
Tocas-me e eu retruco,
Em teu corpo sinto-me faceira.


A borda secreta da ribeira,
umedeço-me por ti inteira.
Abro-me, dou-te meu muco,
dando-te à boca o seio-fusco,
que sei que tanto anseias.

 

Sentindo-te  não querer-te
 débil castrado eunuco 
para ter-me por tua, mulher, nua
dando-te em meu ninho a noite inteira.

Quem sou eu

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Eu sou o fio que liga os pensamentos... o cio dos momentos de afeto... sou o furo no teto... que deixa ver as estrelas... sou a última... não as primeiras... fico no fim da sala... acalmando a alma... que não cala... silenciosa em desatino... sou as palavras sem destino... voando pela goela... sou a alma que berra... o sentimento insano... sou boneca de pano... na infancia da pobreza... sou o louco que grita... as verdades para a realeza... é sou eu... espelho torto do mundo, amor de Prometeu, fogo ao homem, fome de pássaro pontual e solução de caduceu...