5.01.2010

Amor universal


Nesta diáspora de meu desejo
espalha-me inteira ao mundo
amo a todos, até nem vejo
onde espalho amor fecundo

Hoje saio do ambíguo
sentimento solitário
eu separo-me do umbigo
sou um ser solidário

Ao mundo lanço amor
não inclino-me mais ao pranto
tal qual sol em seu fulgor
não escolhe luzir tal canto.

Espalho-me em alegria
vejo aurora fulgurante
podem dizer que é mania
mas do amor sou infante.

Se é doença, não é agonia
não dêem-me nenhum remédio
pois agora não sinto-me vazia
não pularei de nenhum prédio.

Existem tantos seres no mundo
porque amar apenas um
se pode-se em um segundo
amar a todos e não algum

Então tal qual luz fractada
me desfaço em mil pedaços
sou fraterna namorada
tenho o mundo em meus braços.

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Quem sou eu

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Eu sou o fio que liga os pensamentos... o cio dos momentos de afeto... sou o furo no teto... que deixa ver as estrelas... sou a última... não as primeiras... fico no fim da sala... acalmando a alma... que não cala... silenciosa em desatino... sou as palavras sem destino... voando pela goela... sou a alma que berra... o sentimento insano... sou boneca de pano... na infancia da pobreza... sou o louco que grita... as verdades para a realeza... é sou eu... espelho torto do mundo, amor de Prometeu, fogo ao homem, fome de pássaro pontual e solução de caduceu...