1.25.2010

Relações Virtuais.







 @

Saudade

                      ânsia
ansiedade.
                         @

  @                   Loucura
Vida
              verdade
R E A
        L I   @
             D A D E

                          AMIGO
IRMÃO              @
                        CONFESSOR
FRADE...
[Dor                                @             @MIZADE
      é
         com       @            SADE]          
                o marquês
                        


1.24.2010












PaLAVRAS escondIDAS

A mENTE dividIDA
insANA     vontade
razão ou AMORosidade?
a mente “infla-AMA”
saudade?
ilusão, irrealIDADE!
O rosto sem flâMULA
diáfANA obscurIDADE...
me chAMA...
me AMA?
beleza bondade
tristeza?
vã verdade?(...)

UM aPENAS UM...( UM )ponto.
E ponto
pARA pontuAR na realIDADE
aPENAS um conto


um pesPONTO


pARa costurAR

os    “RETAalhos”
 renDADOS
 de louca realIDADE.

conSEGUINDO
SEGURAnça  pARa posterIDADE




1.23.2010

Ilusão




EU ME BASTO·

Planto meu próprio pasto
contruo o meu espaço.
Meu traço?
É LIVRE

[Liberdade é algo que nunca tive]

EU ME BASTO!!!


Me gasto no meu próprio aclive.
Rolo a baixo no meu declive.

LIVRE me BASTO!!!


[Pena que tive que tornar-me um ser casto]


Me basto ou só rumino pasto enquanto dos seres humanos me afasto?

1.17.2010

Como irei vestida?




Irei vestida de noite cintilante
cada estrela
me emprestará
uma centelha
de sua luz viajante
para eu pingar no olhar.

Depois me despirei 


Exporei minha pele de relva fresca
que roubei de teu jardim
verdejante


Onde te deitas
defronte a estante
E lês meus versos delirantes
de puro amor inexistente

porém insistentes
esperançosos
e sem dor
versos... meus simples versos
que me despem e dão-me cor.

Versos...universos feitos de amor.

1.16.2010

A feiticeira nua




Visto uma roupa de falenas
preparo-me para as próximas cenas.

Deste amor que há de vir

Deste ardor que mora no porvir...

Visto minha pequena tanga de penas,
com suas missangas pequenas

E saio a tamborilar

Na floresta busco o espírito
da terra, do fogo, da água e do ar...

Sou eu, a feiticeira
que feliz e faceira
acaba de despertar.

Confiança cega no futuro.



Eu peguei todas as flores que haviam em mim
peguei todas as fitas, de cor carmim,
que estavam envoltas nas minha esperanças

Chamei todas as crianças
que felizes andavam de bicicleta
enfeitando minha mente concreta.

Evoquei todas as estrelas que já brilharam em meus olhos
Espargi todos os extraídos e perfumados óleos
que brotaram de meu desejo.

Untei-me com teu sonhado beijo
Cobri-me com teu rosto que nunca vejo.

Vivi, sonhei, amei,

Ouvi a vida, aceitei ser escolhida.

BIG-BANG





Como contar as horas se elas voam?
Escorrem pelos vincos do tecido dia.

Como parar o tempo que verte em agonia?
ao passar de uma estrela fugidia.
              ...........
Reflexo de uma mente em busca de nexo

Somos apenas explosão brilhante
de algum átomo diletante.

Lançado em louca
 trajetória errante.

Calculada pelo engenheiro
deste universo transmutante.


Criando um inverso
a cada instante...


Desgastes dos ossos dos anos.




Do vocábulo que por mim passa

PALAVRAS,arte, PROFISSÃO,

do acetábulo que se gasta

ABRAZÃO

Não anda, claudica, sofre em vão.


sobra UM resto de movimento

PRÓTESE DE MEU CORAÇÃO

diáStole, haste que une,
o andar ao puLsar,
mãO-á-mãO...

1.15.2010

Meu querubim




Enfim chegastes...

Eu andava pé por pé a espreitar teu sono,
despida de vida,  perdida
sentia-me puro abandono


Mas de nuvens, em meu castelo
sentado, estavas ao trono.

Imaginado, belo, terno, luzente cromo,
Cavaleiro montado em meu destino
fascínio que atrai meu corpo sem dono

Te cheiro de longe, sinto cheiro de retorno,
sinto coisas estranhas ao estar em teu entorno,
entorno meu coração, inteiro, não sobra gomo.

Vestida de borboletas eu vôo,
do amor jogo-me, afogo, bebo, tomo...

Pego minha lúdica bicicleta
e secreto a minha mente secreta,
esta insana meta concreta,
que me afeta para sempre, sem retorno

Ando por precipício,
grito, berro, clamo por nosso início,
sentir-te mesmo distante virou meu vício...



1.14.2010

Tu, que invades-me pela manhã.




Homem sem rosto,
pelo distino posto
à minha porta.

Logo eu?

À minha porta?

Eu um ser que apenas suporta
o fardo vivo.

Eu?
Um ser rebelde ao crivo,
subversivo às  letras,
coberto eternamente
de rendas pretas.

Porque?

Pergunto sem entender,
Será dizes-me querer?

Porque conheces-me
sem eu conhecer?

Porque falas-me
do que vivo?
Das lembranças que sobrevivo
do meu passado a fenecer?

Tocas em pontos críticos,
rítmicos de minha alma
ler-te apenas acalma
a sede que não cede sem EU ser.

Um ser de letras sublimando o querer.

Mas te abraço,
emparelho meu louco passo
me desfaço pela manhã.

Coração aberto, 
por instante concreto,
sou sã!

Entrego-me ao elam
de teus lindos versos,
com suave cheiro de maçã...

(que a cobra não me cobre comê-la,
 embora sinta-me faceira
ao dançando ao som da flauta de Pã).

1.12.2010

Percepção.





Eu cheguei a sentir amor,
Juro!!! Era!!!
Tinha certeza...

Era tão lindo este amor na sutileza

Ele era  belo e forte como um fauno
e com a inteligência de um centauro...


Eu diáfana, incerta
livre, de livre meta.

Ele era pura mente,
palavra ardente que me conduzia...

E eu crente,
Fiquei nua,
olhando a lua,
vazia...

Sem perceber
que lhe  amando
lhe perdia...


.

Cena





Não digo-te nada, tudo me vai
não choro, não coro, não digo um ai.

Não fico parada, cortina se esvai,
não vejo entrada, a alma sai.

Não sou afiada, nem avaliada
nem bruxa, nem fada.

Sou apenas inventada!!!


Fácil  e descartada.

Descubro quando tua máscara cai.






                         .

1.10.2010

Corpo







O corpo morto em minha cama
não mais inflama-me em esplendor.

Sinto o calor do corpo,
mas não sinto amor.

O corpo ereto mira o teto
eu longe, ele perto
sinto dor.

O corpo incerto,
traidor abjeto,
feriu-me tanto.
deixou-me o coração aberto
tornou-me pranto,
murcha flor.

Agora perde-se o enquanto
estou envolta em lúdico manto
tua boca não gera-me mais calor.

Mecânico ato que  carente acato
mas é como um desenho sem cor
amor oco, pouco, em triste torpor.










À noite na cama.




Estou aqui alijada,
na vida que vive
sem perguntar-me nada.

Do que sou,  em letras
Do que sou em matéria,
Do que sou em amor,
nada...

Apenas página virada
imagem enviada,
nua postada,
viajando pelo espaço,
esmorecendo a cada traço,
rabisco que faço
com minha mão inquieta.

Reviro-me na cama à noite
relembrar-te é um açoite
que fere-me a alma
mas devolve-me a calma
na certeza que suportarei viver.

Que amanhecerá e anoitecerá
e que novamente irei ler.

Teu versos de amor e de querer.

1.09.2010

A fada e o Mago, cada um em seu lado





Da distância que a vida dispõe, propicia
segue a ânsia de a vida não ser como queria.
Mas no nada, vivem duas almas aninhadas
o poeta de concreta meta e a triste lúdica fada.

Que voa mágica ao seu entorno
que sabe a trilha trágica
deste amor sem retorno.

Fada mágica e Mago de mente elástica
vivem um amor quase carnal,
porém em letras, amor surreal.

Vivem , sobrevivem ao dia-à-dia

entre o mundo  plástico, estético e fantástico
e o convívio alheio, concreto, ereto e banal.

Vivem assim loucos,
amando-se aos poucos
em um quase sufoco
de letras, desejo e dilema moral


Loucos, nús, crús,
 sem a ninguém fazerem mal.










1.04.2010

Rosa e Eu




Óh...rosa...


Solitária rosa,
silente desabrochada .


És verso, não prosa,
senescente, debochada... 


Rosa, porque és tenebrosa, 
em tua vontade ditosa?


Porque não te sossegas?
de mim despregas? ]
Não morres silenciosa? 


Porque Rosa? 
Porque sempre vermelha fogosa?  


Porque esperas o jardineiro
que te fará puro cheiro
em uma manhã gloriosa? 


Deixes de ilusão rosada rosa!!!


Teu coração e vão,
e tua flor saborosa.


És o que dez homens em dez
querem para perfurmar o quarto 
mas depois aos ponta-pés
deixarem-te no chão, ao rés,
para não para dividir o prato. 


Rosa, óh triste brejeira rosa,
melhor não te escutar,
esquecer o verbo amar 
e aprender escrever em prosa.





A poetisa falcão e o lobo em pele de proibição






A primeira,
segunda-feira,

Nada muda,
jornada cinza e feia...

Eu imersa na minha
humana teia.

"Liquor" jorrando,
punção na veia...

O mesmo dia de todos os dias.
Sobrevivendo à todas as agonias...

Mas há um consolo
para esta labuta-dolo.

Sexta-feira,

Quando Eu, da corte, tolo
construo um mundo,
de lúdico tijolo.

Sem nenhum fosso,
nem destroço, nem  fundo poço,
muito menos lodo.

Viro tudo em minha mão,
com tinta e imaginação,
posso à noite amar um proibido lobo,
enquanto de dia sou livre falcão.





Posso tudo,
no meu mundo mudo,
ser tudo é minha meta
SOU POETA.

1.03.2010

MU-DANÇA





O mundo girando
Eu gerundio

Neste vasto
minufundio

O mundo mudando
eu fincada

Idéia imprópria
afeiçoada

Paro!!!!
Mudo!!!!
Aparo!!!
Pulo o muro!!!


Sou
        nada
                e
                     também
                                   sou
                                            tudo!!!

Afasto
o já gasto
pranto
lufando
para
longe a tristeza...

Descubro
a vida, à sutileza....

Vivo em etérea beleza,
sublimo
redimo
meu triste penar...

Sou abstração pura,
sou física urdidura
de meu louco pensar...

Sou poeta,
o verbo é meu ar

Sou mulher ímpar
sou poetisa
sem par

Sou feliz,
acredite!!!

Meu personagem
é Afrodite.

E assim vivo plena
enceno a  própria cena!


TENHO MEU JEITO DE AMAR.

Concretude poética!






Eu saio, mas sempre, 
 deixo, a porta,  
da mente, 
    aberta...
                 eu


                   Sou
                  etérea
                      e
                    sou

                      c
                      o
                      n
                   creta...
            As vezes louca,
             as vezes certa...

                    MAS
                 SEMPRE
               VERTENTE

                  BOCA
                ABERTA...

               sou semente
            as vezes ciente
         as vezes sereia
     as vezes incerta
        as vezes areia
          as vezes nada
             apenas cadeia,
                 palavra rimada
                    as vezes atoa
                   as vezes atéia
                  as vezes haikai
                     outras odes,
                       odisséia...

        Ser tudo e nada é minha meta!!!
                      sou o mundo
                            sou
  
                        POETA!!!

1.02.2010

Silicone





Dizem que silicone é uma arma
que acaba até com carma.

Que é o remédio perfeito
que produz sensual efeito....

Que é um eterno poder,
nenhum verme  há de comer!!!

E assim, no meu epitáfio frio,
velho, cheirando a bafio,

Escreverei em tinta sintética:

"Morreu louca, cega e cética,
mas viveu em voluptuosa estética.
Era uma velha "porreta",
tudo já era murcho
menos a empinada teta!!!"


.....................................

A vida é...



EU E A VIDA
Jorge Vercilo

Vem me pedir além do que eu posso dar
É aí que o aprendizado está
Vem de onde não sonhei me presentear
Quando chega o fim da linha e já, não há aonde ir
Num passe de mágicas a vida
Nos traz sonhos pra seguir
Queima meus navios pr'eu me superar
Às vezes pedindo o que ela vem nos dar
O melhor de si


E quando vejo a vida espera mais de mim
Mais além, mais de mim
O eterno aprendizado é o próprio fim
Já nem sei, se tem fim
De elástica minha alma dá de si
Mais além, mais de mim
Cada ano a vida pede mais de mim
Mais de nós, mais além


Vem me privar pra ver o que vou fazer
Me prepara pro que vai chegar
Vem me desapontar pra me ver crescer
Eu sonhei viver paixões, glamour
Num filme de chorar
Mais como é Fellini o dia-a-dia
Minha orquestra à ensaiar
Entre decadência e elegância zigue-zaguear
Hoje aceito o caos


O poeta, nesta música, me leu, ao invés de eu tê-lo lido...
Linda música, Jorge Vercilo!

Novo ano, vida cova!





Meu corpo percebeu,
só ele, não eu...

Dormi, acordei
nada mudou no velho mundo meu.


Nem rainha, nem rei
nem fogo de Prometeu...

O ano virou,
mas nada mudou,
tudo permaneceu
pode ser que até retrocedeu!

O velho corpo que há muito já me preencheu
comeu, virou, nem olhou,
adormeceu
não percebeu...

E eu?
Continuo desejo, porejo e caduceu!

Fracionando-me, quase achando-me
         sonhando e amando

sendo

Um quarto de lua que nunca encheu
minguando num beijo que não deu.

Assim decido, em fração vivo,
amplio meu rígido crivo

Quem sabe assim sobrevivo
a este novo ano que me acometeu...

Onde morre o pronome meu
e nasce o ser cético, ateu...

Onde tudo é nosso,
e onde viras "vosso"
onde tudo posso
até lembrar do que já morreu...


Estou curada!



Acho que estou curada,
minha palavra liberta.
Acho que está acabada
esta libertina coberta.

De versos que a noite cobria
era tristeza, eu via alegria,
era beleza, também agonia...

Acho que estou liberta
minha mente curada,
nesta ferida coberta
onde percebo-me... NADA!

(Apenas letras azuis e pretas,
num imagem perfumada...)





1.01.2010

Meu melhor presente.






Meu melhor presente?
Foi tua presença a me presentear.
Foi um desejo, uma magia no ar,
foi um olho fechado, fechando um momento,
abrindo um templo, ao ar.

Foi sentir teu calor,
olhar este sol a se por,
em silêncio cantar.

Foi saber que direi-te adeus,
que meus momentos não serão mais teus
mas nada, nunca poderá a lembrança roubar.

Meu melhor presente foi:
Sentir-me viva,
sentir-me diva,
lasciva, a enfeitar teu altar.
sentir-me inteira cativa
deste teu toque, já tão familiar.

Este foi meu melhor presente:
Teu corpo ardente, em versos a me adentrar.

Novo ano no calendário gregoriano.





Novo ano no calendário gregoriano

O que trará ele de novo ao ser humano?
Será que haverá alguma novidade?
Será que mudará o detino da humanidade?

Novo ano no calendário gregoriano
O que será que homem fará de insano?
Será que haverá felicidade?
será que haverá comida e saciedade?

Novo ano no calendário Gregoriano
O que se passará por trás do pano?
será que se falará a verdade?
Será que haverá paz na sociedade?

Novo ano no calendário Gregoriano
com o tempo escorrendo pelo cano
tudo continuará como ontem à tarde
(é apenas uma festa, um alarde...)

Continua a mesma realidade,
tudo o mesmo, no campo a na cidade.

só muda o ano...


NO CALENDÁRIO GREGORIANO!

Momentos que carregaremos pela eternidade







Uma luz no fim do mundo desperta-me

vejo o fundo deste segundo que cerca-me
vejo com a lucidez de um sábio
olho com a precisão de um astrolábio


Lendo nas estrelas o destino
apagando das veias o desatino


Vejo o porejo do sangue suado
a cada verso de um amor mal amado.

vejo a luz do sol raiando um novo dia
Neste mundo de amor, dor e utopia


Mas vejo um fim com noite e lua
neste céu de bordel sou tua...

Estrela despida nua
em letras loucas só para teu olhar...


Mais nua de mim não poderia ficar,
só assim seria tua sem em ti tocar

Meu arauto, encanto,
num encanto que sinto
absinto de meu sonhar...

Quem sou eu

Minha foto
Eu sou o fio que liga os pensamentos... o cio dos momentos de afeto... sou o furo no teto... que deixa ver as estrelas... sou a última... não as primeiras... fico no fim da sala... acalmando a alma... que não cala... silenciosa em desatino... sou as palavras sem destino... voando pela goela... sou a alma que berra... o sentimento insano... sou boneca de pano... na infancia da pobreza... sou o louco que grita... as verdades para a realeza... é sou eu... espelho torto do mundo, amor de Prometeu, fogo ao homem, fome de pássaro pontual e solução de caduceu...