7.23.2009

Amo nós...


Adoro quando aparecem, teus olhos me merecem,
quando vens e me aqueces, com desejos que não fenecem,
Adoro, não fenceres, ao intento de outro pranto,
adoro te ver me ver, com lindos olhos azuis de santo.

Adoro, mesmo, muito mais que tanto...
que até quase me brota um pranto,
uma página, uma lágrima, um canto,
de tão ágil, lindo e frágil, que és tu meu amor santo.

Mas, quando vens, no interevalo de teus "vais-e-vens"
entre o convés e o "não-convém", entre todos os "ninguéns"
sei que estás ali e estarás, sempre em mim também.

Adoro como pões em teu mundo, mundo que já é meu também,
me dizes, me dás tudo, o amor que tanto me tens,
e nisso meu corpo mudo, te da tudo, (tudo que tu já tens).

Chegado fim.



Me afasto de teu parcos atos,
escassos contatos com minha pele nua,
me despeço de teus pactos,
jurados, intensos à luz da lua


Simplismente me torno imune,
contorno e lumen que me atrai
não sinto mais teu perfume
(que de minha pele não sai!!!)

Embora entranhado, na minha pele tatuado,
acorrentado prometeu, chegas ao fim,
já me é chegado, o momento esperado

Onde não mais te acho, (perdido macho) em mim,
acabado, flácido, satisfeito e extasiado,
ao meu lado, nas nossas noites sem fim...

Onde está o prícipe?


Acalentamos desde criança esta tenue esperança,
doce onirico encanto, o principe e o cavalo branco,
a fada madrinha, com sua mágica varinha
nos salvando da cozinha, nos tornando rainha

Nos zerando a contagem, transformando a imagem,
uma abóbora caruagem, um rato conduz a viagem,
e é tudo rosáceo, com movimento grácil,
tudo se tranforma, em outra forma, fácil.

E o sapo vira príncipe com um beijo banal
e o sapato, foge com um rato, na carruagem de cristal
e assim se vive, um trágico ato mágico, surreal,
sempre com feliz final, do bem vencendo o mal.

Mas me digas afinal, onde está este raro animal
o príncipe do cavalo branco e olhar de cristal
Me diga que ele irá aparecer quando eu crescer

Que me leverá embora, secará cada lágrima que chora
nunca me deixará só, nem sairá porta à fora,
diga-me onde ele esta, me chama um para-normal

Que veja o que ninguém vê, em uma bola de cristal
acha o prícipe? Cadê? Olha!!! Está vendo TV, trocando o canal,
ali no teu sofá, com cara de humano banal...

Quem sou eu

Minha foto
Eu sou o fio que liga os pensamentos... o cio dos momentos de afeto... sou o furo no teto... que deixa ver as estrelas... sou a última... não as primeiras... fico no fim da sala... acalmando a alma... que não cala... silenciosa em desatino... sou as palavras sem destino... voando pela goela... sou a alma que berra... o sentimento insano... sou boneca de pano... na infancia da pobreza... sou o louco que grita... as verdades para a realeza... é sou eu... espelho torto do mundo, amor de Prometeu, fogo ao homem, fome de pássaro pontual e solução de caduceu...