5.01.2010

Entendimento


h plácida calma que invade minha alma serena
óh resignação que torna aceitável a triste pena
De viver só, sem sentir dorida e triste solidão
de sentir o peso da mó, lembrar que farinha foi grão.

Que esmagado pelas pedras pesadas da vida
tornar-se alimento que sustenta, cura ferida
bruto grão, íntegro, não alimenta, lamento...
ferido, alva farinha, proto-pão, alimento


E assim roda a vida, esmagando o coração
assim curam-se as feridas, grão partido vira pão

E eu sigo serena meu solitário e único destino
E sonho todas as noites o mesmo sonho vespertino

Dorme-se e acorda-se, mesmo leito branco e frio
lava-se toda a manhã, mesma água do gélido rio.

Quando despoja-se dos resquícios da triste noite
Quando refresca-se os vergões do triste açoite.

E assim passa a vida, um dia bom e outro não
Assim vai a vida, um dia frio, outro paixão.

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Quem sou eu

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Eu sou o fio que liga os pensamentos... o cio dos momentos de afeto... sou o furo no teto... que deixa ver as estrelas... sou a última... não as primeiras... fico no fim da sala... acalmando a alma... que não cala... silenciosa em desatino... sou as palavras sem destino... voando pela goela... sou a alma que berra... o sentimento insano... sou boneca de pano... na infancia da pobreza... sou o louco que grita... as verdades para a realeza... é sou eu... espelho torto do mundo, amor de Prometeu, fogo ao homem, fome de pássaro pontual e solução de caduceu...