12.17.2009

Passeando de mão com o lúdico.




                                                                    Foto: Ana Lyra

Na ilusão impávida, impoluta,
minha vida agranda, avulta.


[não avilta]

Toda a luz do mundo filtra
em janela da alma, bate, luta.

Tenta atenta crer num porvir,
senta, assenta-se num barco por ir.

Volta se entorna, escuta à porta,
espia o futuro, perfura o muro...

[será que irá sorrir?]

Pensa tensa em qual melhor ação.

[passo em falso leva a dissolução].

Dizem-lhe:
"Louca!!!
Vives a beijar-te a própria boca,
neste teu mundo de castelo e ilusão".

Mas não vivo em vão...
divirto-me enquanto não chega meu Rei

[enquanto ele vem ou não]

Assim chego mais perto do meu futuro certo

[o mesmo de todo e qualquer irmão]

Mas enquanto isso não ocorre
o lúdico socorre-me,
carrega-me pela mão...

[Acalenta-me em seu braços fortes de ilusão].

Magnânima queda no espaço



                                                                                     Foto: Ana Lyra
o.

Quem sou eu

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Eu sou o fio que liga os pensamentos... o cio dos momentos de afeto... sou o furo no teto... que deixa ver as estrelas... sou a última... não as primeiras... fico no fim da sala... acalmando a alma... que não cala... silenciosa em desatino... sou as palavras sem destino... voando pela goela... sou a alma que berra... o sentimento insano... sou boneca de pano... na infancia da pobreza... sou o louco que grita... as verdades para a realeza... é sou eu... espelho torto do mundo, amor de Prometeu, fogo ao homem, fome de pássaro pontual e solução de caduceu...