1.14.2010

Tu, que invades-me pela manhã.




Homem sem rosto,
pelo distino posto
à minha porta.

Logo eu?

À minha porta?

Eu um ser que apenas suporta
o fardo vivo.

Eu?
Um ser rebelde ao crivo,
subversivo às  letras,
coberto eternamente
de rendas pretas.

Porque?

Pergunto sem entender,
Será dizes-me querer?

Porque conheces-me
sem eu conhecer?

Porque falas-me
do que vivo?
Das lembranças que sobrevivo
do meu passado a fenecer?

Tocas em pontos críticos,
rítmicos de minha alma
ler-te apenas acalma
a sede que não cede sem EU ser.

Um ser de letras sublimando o querer.

Mas te abraço,
emparelho meu louco passo
me desfaço pela manhã.

Coração aberto, 
por instante concreto,
sou sã!

Entrego-me ao elam
de teus lindos versos,
com suave cheiro de maçã...

(que a cobra não me cobre comê-la,
 embora sinta-me faceira
ao dançando ao som da flauta de Pã).

Quem sou eu

Minha foto
Eu sou o fio que liga os pensamentos... o cio dos momentos de afeto... sou o furo no teto... que deixa ver as estrelas... sou a última... não as primeiras... fico no fim da sala... acalmando a alma... que não cala... silenciosa em desatino... sou as palavras sem destino... voando pela goela... sou a alma que berra... o sentimento insano... sou boneca de pano... na infancia da pobreza... sou o louco que grita... as verdades para a realeza... é sou eu... espelho torto do mundo, amor de Prometeu, fogo ao homem, fome de pássaro pontual e solução de caduceu...