5.01.2010

Beijo transatlantico


eijo que navega por um oceano
insano desejo sobre-humano
que aporta em minha alma louca
desfazendo-se à minha boca.
Faz-me faltar-me o ar.

(Que importa este mar de alucinação,
se a ele não me rendo, digo solene não)
Oh! Esse beijo, ao oceano largado
pela minha imaginação, fecunda
à neblina, por duas mãos lançado
minha’alma, de prazer, inunda
Afogo-me então na tua imensidão
fechar os olhos, rasgar a solidão
Percorrer com os sentidos o teu mundo
esquecer-me num imenso prazer fecundo

Faz-me sonhar-me , em ti.

(Perco-me ao desejo do teu beijo a navegar
Galgo léguas e léguas de éter, afecto e ar)
Que venham as tempestades
as correntes de revolto mar
mas este beijo sobrevivente
tão quente, jamais irá naufragar
Assim, que este beijo-desejo
irrompa pelo oceano, ao Tejo,
por fim, venha ansioso desaguar
nas linhas de um lírico poetar (delirar)

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Quem sou eu

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Eu sou o fio que liga os pensamentos... o cio dos momentos de afeto... sou o furo no teto... que deixa ver as estrelas... sou a última... não as primeiras... fico no fim da sala... acalmando a alma... que não cala... silenciosa em desatino... sou as palavras sem destino... voando pela goela... sou a alma que berra... o sentimento insano... sou boneca de pano... na infancia da pobreza... sou o louco que grita... as verdades para a realeza... é sou eu... espelho torto do mundo, amor de Prometeu, fogo ao homem, fome de pássaro pontual e solução de caduceu...