7.21.2009

Beleza de nós.

Sinto-me tão humano, tão insano terrívelmente humano
ser trafegando indeciso, insone por terrível abismo
que consome, me come, não some ,sufoca com um pano,
este tenso cataclismo! Salvar-me ou jogar-me no cismo?

Sinto-me e não me sinto, de que cores o mundo pinto?
Pinto das cores da tristeza, ou do ouro da realeza?
pinto, pinto? Sou eu, só eu, que pinto, a cor que sinto...
sinto com pureza, na frieza da triste antiga beleza.

Que some, que se consome, insone, fenece
murcha coitada beleza bruxa, enrruga e não cresce.
antes veludo, agora sem voz,(ser mudo, vazio retrós!)

não fala, pois a fala era a rala,e não importa,
pois de tudo de todas as coisas o que sobrou de nós,
foi a imagem desbotada da, agora torta, beleza morta.

Que fenece e cresce a cada presença tua na ausência de nós...

Pequenos cacos de mim.


Minha língua átoma não mais fala
recolhe, cala, muda triste,absurda,
minha lingua em riste se abala,
minha mente em música tona-se surda.

Absurda, embebida, aturdida, cega, presa
minha língua pede trégua,(brega língua cega)
e se despede, se embebeda, vira a mesa
diz Adeus, passa a régua, - Galopa! louca égua!!!!

Desiste de todos, apojos de desejos
de todos os sonhos, insanos beijos que beijou,
gotejos de todos, bobos e estranhos atos.

Despede-se dos parcos desbotados tristes retratos,
em pedaços de história, na memória pequenos cacos,
encravados no peito de uma mulher te amo amou...

(sonhou, desejou, sofreu e amou um amor clandestino
mas que serena se resignou ao seu destino vespertino)

"Musos"

"Musos" múltiplos,
difusos nas letras,
ora rosas,
ora pretas,
ora formosas
ora caretas...
Musos, vários musos,
confusos intrusos
na minha mente,
mas todos,
todos,
me fazem gente,
respirante,
aspirante,
a cantante
desta
gente
contente,
que vive a vida
de forma diferente,
num mundo
grande
profundo,
de amor pujente,
Mar de
reflexões
sobre toda a gente,
sobre amor
doente,
sobre
dor
contente,
sobre poesia
hipocrisia,
paralisia
e frenezi
urgente.
É isso,
que são,
tudo isso em meu coração,
mediado por eles,
lembra? Aqueles...
Os musos múltiplos
difusos que habitam, outros fusos
nos meus vários corações
contusos ( confusos! )

Quem sou eu

Minha foto
Eu sou o fio que liga os pensamentos... o cio dos momentos de afeto... sou o furo no teto... que deixa ver as estrelas... sou a última... não as primeiras... fico no fim da sala... acalmando a alma... que não cala... silenciosa em desatino... sou as palavras sem destino... voando pela goela... sou a alma que berra... o sentimento insano... sou boneca de pano... na infancia da pobreza... sou o louco que grita... as verdades para a realeza... é sou eu... espelho torto do mundo, amor de Prometeu, fogo ao homem, fome de pássaro pontual e solução de caduceu...