2.20.2010

Nunca mais





Nunca mais.



Lembro-me de ter amado, foi uma vez,

Como sol e lua, eram em vida, impossíveis

pelo sentimento proibido, talvez,

no amor se tornaram eternos, invencíveis.


Lembro-me do rompimento, amargo feito,

um tremor, um abalo, um forte cismo

Lembro-me de sentir o ar, pouco, rarefeito

Senti-me despencando em infinito abismo.



Ah, quanto amor eu senti em meu peito!

Donde estás arraigado nesta hora?

Por tão só, triste amor desfeito.



Malefício que minh'alma deflora
como poderoso feitiço perfeito

todas as manhãs como orvalho, chora.



Duo  com o poeta Paulista Felix

Um comentário:

Canto da Boca disse...

Lembrei-me da película, O Feitiço de Áquila, esse eterno desencontro da/na vida; amores vãos, que vem e vão; a lua que sai noutra hora e nunca se encontra com o sol... Além dos desamores...

Quem sou eu

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Eu sou o fio que liga os pensamentos... o cio dos momentos de afeto... sou o furo no teto... que deixa ver as estrelas... sou a última... não as primeiras... fico no fim da sala... acalmando a alma... que não cala... silenciosa em desatino... sou as palavras sem destino... voando pela goela... sou a alma que berra... o sentimento insano... sou boneca de pano... na infancia da pobreza... sou o louco que grita... as verdades para a realeza... é sou eu... espelho torto do mundo, amor de Prometeu, fogo ao homem, fome de pássaro pontual e solução de caduceu...