2.20.2010

Não sei amor



Não sei amor...

Apenas contemplo
sinto a voragem do tempo
em dúvidas fico ao relento
e olho o sol se por.

Serias o esplendor do sol
ou uma intermitente luz de faroL
a acender e a apagar?

Serias o misticismo da madrugada
a lua com sua luz filtrada
a dormitar no meu olhar?

Não sei meu amor...

Serias tu ilusão
um percalço do coração
ou apenas a conjugação
torta do verbo amar?

Não sei meu amor.

Se te ouço no contratempo
no uivo soturno do vento
no tormento, quando te ausentas.
nas tormentas que enfrentas
sinto tua dor me chegar.

Isso é amar?

Se és pássaro gorjeando
mansamente pousando
de um vôo perfeito
aninhado no meu peito
sinto tua alma acalmar.

É isso amar!

Serias para sempre ou de passagem?
Serias apenas uma branda aragem
a bafejar a tua presença?


Não sei meu amor!

Ou uma flor abrindo
em meu peito, florindo
para murchar sem pedir licença.

Não sei meu amor!

Sinto-te,
No meu sangue e no meu corpo
serias alto mar, ou porto?

Não sei! Meu amor?

Só olho, sento e contemplo
vivo este imenso momento
que é sentir teu sabor...



Duo com a maravilhosa poetisa Vony, que eu tanto admiro. Uma pessoa de uma generosidade incrível que escolheu um mote incrível para este duo. Muito embora nos conheçamos muito pouco, com certeza uma irmã de letras de uma energia sem igual, foi um prazer fazê-lo. Espero que minha colega tenha apreciado o resultado





Nenhum comentário:

Quem sou eu

Minha foto
Eu sou o fio que liga os pensamentos... o cio dos momentos de afeto... sou o furo no teto... que deixa ver as estrelas... sou a última... não as primeiras... fico no fim da sala... acalmando a alma... que não cala... silenciosa em desatino... sou as palavras sem destino... voando pela goela... sou a alma que berra... o sentimento insano... sou boneca de pano... na infancia da pobreza... sou o louco que grita... as verdades para a realeza... é sou eu... espelho torto do mundo, amor de Prometeu, fogo ao homem, fome de pássaro pontual e solução de caduceu...