1.02.2010

Novo ano, vida cova!





Meu corpo percebeu,
só ele, não eu...

Dormi, acordei
nada mudou no velho mundo meu.


Nem rainha, nem rei
nem fogo de Prometeu...

O ano virou,
mas nada mudou,
tudo permaneceu
pode ser que até retrocedeu!

O velho corpo que há muito já me preencheu
comeu, virou, nem olhou,
adormeceu
não percebeu...

E eu?
Continuo desejo, porejo e caduceu!

Fracionando-me, quase achando-me
         sonhando e amando

sendo

Um quarto de lua que nunca encheu
minguando num beijo que não deu.

Assim decido, em fração vivo,
amplio meu rígido crivo

Quem sabe assim sobrevivo
a este novo ano que me acometeu...

Onde morre o pronome meu
e nasce o ser cético, ateu...

Onde tudo é nosso,
e onde viras "vosso"
onde tudo posso
até lembrar do que já morreu...


3 comentários:

METAMORFOSE disse...

Amiga, ficou lindo!!!

Tua poesia é única, cheia de imagens originais, que vais buscar nos mais diversos lugares do universo. Tua vida é escrita, não em prosa, mas em verso!!!

Um beijo grande.

Tropeços Literários disse...

Grata cara amiga, sabes que mora no meu coração e fico grata por dares mais vida aos meus tropeços
Beijos querida.

Tropeços Literários disse...

Grata cara amiga, sabes que mora no meu coração e fico grata por dares mais vida aos meus tropeços
Beijos querida.

Quem sou eu

Minha foto
Eu sou o fio que liga os pensamentos... o cio dos momentos de afeto... sou o furo no teto... que deixa ver as estrelas... sou a última... não as primeiras... fico no fim da sala... acalmando a alma... que não cala... silenciosa em desatino... sou as palavras sem destino... voando pela goela... sou a alma que berra... o sentimento insano... sou boneca de pano... na infancia da pobreza... sou o louco que grita... as verdades para a realeza... é sou eu... espelho torto do mundo, amor de Prometeu, fogo ao homem, fome de pássaro pontual e solução de caduceu...