1.03.2010

Concretude poética!






Eu saio, mas sempre, 
 deixo, a porta,  
da mente, 
    aberta...
                 eu


                   Sou
                  etérea
                      e
                    sou

                      c
                      o
                      n
                   creta...
            As vezes louca,
             as vezes certa...

                    MAS
                 SEMPRE
               VERTENTE

                  BOCA
                ABERTA...

               sou semente
            as vezes ciente
         as vezes sereia
     as vezes incerta
        as vezes areia
          as vezes nada
             apenas cadeia,
                 palavra rimada
                    as vezes atoa
                   as vezes atéia
                  as vezes haikai
                     outras odes,
                       odisséia...

        Ser tudo e nada é minha meta!!!
                      sou o mundo
                            sou
  
                        POETA!!!

4 comentários:

METAMORFOSE disse...

Minha querida, tu és uma poeta de alto calibre!!!!! Cada vez melhor! Lindo poema "concreto"...

A D O R O ler-te!

Beijocas.

Tropeços Literários disse...

Heheeh... adoro brincar com a
língua...literalmente.
Beijos!!! Grata pelo comentário.

Anônimo disse...

Augusto dos Anjos(1884-1914)
A dança da psique
A dança dos encéfalos acesos
Começa. A carne é fogo. A alma arde. A
[espaços
As cabeças, as mãos, os pés e os braços
Tombam, cedendo à ação de ignotos pesos!

É então que a vaga dos instintos presos
- Mãe de esterilidades e cansaços -
Atira os pensamentos mais devassos
Contra os ossos cranianos indefesos.

Subitamente a cerebral coréia
Pára. O cosmos sintético da Idéia
Surge. Emoções extraordinárias sinto...

Arranco do meu crânio as nebulosas.
E acho um feixe de forças prodigiosas
Sustentando dois monstros: a alma e o instinto!

drp
feliz ano novo

Tropeços Literários disse...

Adoro Augusto dos Anjos!!! Grata por lembrar dele e de mim.
Beijos.

Quem sou eu

Minha foto
Eu sou o fio que liga os pensamentos... o cio dos momentos de afeto... sou o furo no teto... que deixa ver as estrelas... sou a última... não as primeiras... fico no fim da sala... acalmando a alma... que não cala... silenciosa em desatino... sou as palavras sem destino... voando pela goela... sou a alma que berra... o sentimento insano... sou boneca de pano... na infancia da pobreza... sou o louco que grita... as verdades para a realeza... é sou eu... espelho torto do mundo, amor de Prometeu, fogo ao homem, fome de pássaro pontual e solução de caduceu...