10.25.2009

Resposta muda em mim.


As palavras fogem,
fogem de mim,
não digo nada
cheguei ao fim.

As palavras morrem
dentro de mim
não sou nada
nem flor, nem amor
nem jardim...

As palavras voltam e se revoltam contra mim.

Sou nada,
um pedaço triste
do laço
de amor
que tens por mim.

Um abraço solitário,
imaginário,
dado por teus olhos
que me olham
dentro de mim.

2 comentários:

Anônimo disse...

Olá, Ana Laura:

Não sei porquê mas, mesmo sendo um poema mais simples do que os restantes, gostei imenso. Talvez porque seja simples de entendimento. Às vezes ser simples custa mas para mim é um dos pilares da Beleza.

Grande abraço

António

Tropeços Literários disse...

As vezes é apenas externar um sentimento, um momento de aflição, é um simples poetar terapeútico que simples brota do coração.
Grande abraço mais uma vez grata pelo comentário.

Quem sou eu

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Eu sou o fio que liga os pensamentos... o cio dos momentos de afeto... sou o furo no teto... que deixa ver as estrelas... sou a última... não as primeiras... fico no fim da sala... acalmando a alma... que não cala... silenciosa em desatino... sou as palavras sem destino... voando pela goela... sou a alma que berra... o sentimento insano... sou boneca de pano... na infancia da pobreza... sou o louco que grita... as verdades para a realeza... é sou eu... espelho torto do mundo, amor de Prometeu, fogo ao homem, fome de pássaro pontual e solução de caduceu...