10.15.2009

Ciúme


Sinto-me amordaçada, triste, toldada de liberdade,
mão cala-me a boca, ja quase rouca, choro a verdade,
sinto-me proibida, muda, tolhida de livre expressão.
Todos são amantes, delirantes, nem amigo nem irmão?

Decido, calo-me, silente, temerosa, muda fico,
Calo minha rima,que vem de cima em rimado grito?
Pois amo! E mesmo com ciume insano, louco, suporto,
mas que culpa tenho se em rima alcanço, mentes aporto?

Juro-te solenemente: Amo-te aguda e sinceramente!
Não julgues-me por leviana, vil, vulgar e profana,
pois sou tua, inteira tua, a luz da lua, diariamente.

Espero-te paciente, calada, nua de pretendente,
mas fico, triste sozinha, muda, átona e insana
solitária, perdida, triste da vida, com sede de gente.

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Quem sou eu

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Eu sou o fio que liga os pensamentos... o cio dos momentos de afeto... sou o furo no teto... que deixa ver as estrelas... sou a última... não as primeiras... fico no fim da sala... acalmando a alma... que não cala... silenciosa em desatino... sou as palavras sem destino... voando pela goela... sou a alma que berra... o sentimento insano... sou boneca de pano... na infancia da pobreza... sou o louco que grita... as verdades para a realeza... é sou eu... espelho torto do mundo, amor de Prometeu, fogo ao homem, fome de pássaro pontual e solução de caduceu...