O poeta é um fingidor/Finge tão completamente/Que chega a fingir que é dor/A dor que deveras sente. /E os que lêem o que escreve,/Na dor lida sentem bem, /Não as duas que ele teve,/ Mas só a que eles não têm./E assim nas calhas de roda/Gira, a entreter a razão,/Esse comboio de corda/Que se chama coração. Ricardo Reis
5.11.2009
LOUCO AMOR
Onde andas?
....onde andas?...
em que cidade?...
em que verdade?...
em que idade?...
onde andas nesse momento?...
reclamações feitas ao vento...
solidão....
pensamentos em mutirão....
onde andas confusão?...
clareza vibrante de emoção?...
onda andas intenso?...
nesto vasto imaginário imenso...
carente de senso?
abstemio num convento?
guerreando com moinhos de vento?
onde estas?....
me diga por favor..
pois seja onde for...
irei em busca do teu louco e distante amor....
binah campos ®
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Quem sou eu
- Tropeços Literários
- Eu sou o fio que liga os pensamentos... o cio dos momentos de afeto... sou o furo no teto... que deixa ver as estrelas... sou a última... não as primeiras... fico no fim da sala... acalmando a alma... que não cala... silenciosa em desatino... sou as palavras sem destino... voando pela goela... sou a alma que berra... o sentimento insano... sou boneca de pano... na infancia da pobreza... sou o louco que grita... as verdades para a realeza... é sou eu... espelho torto do mundo, amor de Prometeu, fogo ao homem, fome de pássaro pontual e solução de caduceu...
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