6.29.2010

Sol de minha solidão




Amanhece o sol tímido no ocidente
já faz tanto tempo que não me sinto feliz
amanhece o sol invernal, porém refulgente
tal qual bálsamo lambendo cada cicatriz

E na luz baça deste louco amanhecer
volto a ser eu, começo a me reconhecer
dentro deste húmido abismo em mim
trespassa-me um raio, deste sol sem fim.
E por horizontes distantes, em pagos errantes
onde não estou eu, talvez um sonho, um querubim
englobam-me raios, suaves, sonoros, brilhantes

Irradiando calor, rubor e frescor de alecrim
Sou toque de sedução, ebulição de ventos distantes
sou satisfação, alvorada do sol que penetra em mim.

Um comentário:

* disse...

Um poema belo mas triste, nostálgico e dorido...como se os sentimentos brotassem em cada palavra que sai da caneta. Um poema de amor, talvez... porque o amor tem tantas formas...inclusivé o amor-próprio que por vezes parece abandonar-nos.
Belo, sentido, com emoção e com alma...gostei!

Quem sou eu

Minha foto
Eu sou o fio que liga os pensamentos... o cio dos momentos de afeto... sou o furo no teto... que deixa ver as estrelas... sou a última... não as primeiras... fico no fim da sala... acalmando a alma... que não cala... silenciosa em desatino... sou as palavras sem destino... voando pela goela... sou a alma que berra... o sentimento insano... sou boneca de pano... na infancia da pobreza... sou o louco que grita... as verdades para a realeza... é sou eu... espelho torto do mundo, amor de Prometeu, fogo ao homem, fome de pássaro pontual e solução de caduceu...