sono profundo,
mundo imundo...
Cospe minh'alma ao amanhecer.
Pretenso momento imenso
Engano crasso, enxugado com lenço.
Mas não arrependo-me
rendo-me apenas...
Apenas é... vida
amor quimera perdida
distante, Argos navegante
neste mar de dor.
Meu corpo foi morto
por teu cáustico amor.
Perfídia vil de ser feliz
corpo insano de cicatriz
convulsiona na insone noite interminável
infindável...
Inebriane glicerina instável
que explode minha razão
ópio de meu corpo próprio
apocalípse nos dedos de minha mão
A vida é um caminho que não existe
mas insiste em minha imaginação.
Lascívias vis
risos pueris,
sonhos, ilusão...
À vida e a poesia digo sim,
morrerei e não aprenderei a dizer não.
E assim morro,
escorrendo pelos dedos de uma rude mão.
E neste momento sou nada
letras apenas, em brado de consolação.
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