7.05.2010

Adeus com coragem, doce miragem.




Desfaço-me aos néscios passos deste amanhecer
sono profundo, 
mundo imundo...

Cospe minh'alma ao amanhecer.
Pretenso momento imenso
Engano crasso, enxugado com lenço.

Mas não arrependo-me
rendo-me apenas...

Apenas é... vida
amor quimera perdida
distante, Argos navegante
neste mar de dor.

Meu corpo foi morto
por teu cáustico amor.

Perfídia vil de ser feliz
corpo insano de cicatriz
convulsiona na insone noite interminável
infindável...

Inebriane glicerina instável
que explode minha razão
ópio de meu corpo próprio
apocalípse nos dedos de minha mão

A vida é um caminho que não existe
mas insiste em minha imaginação.

Lascívias vis
risos pueris,
sonhos, ilusão...

À vida e a poesia digo sim,
morrerei e não aprenderei a dizer não.

E assim morro,
escorrendo pelos dedos de uma rude mão.

E neste momento sou nada
letras apenas, em brado de consolação.

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Quem sou eu

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Eu sou o fio que liga os pensamentos... o cio dos momentos de afeto... sou o furo no teto... que deixa ver as estrelas... sou a última... não as primeiras... fico no fim da sala... acalmando a alma... que não cala... silenciosa em desatino... sou as palavras sem destino... voando pela goela... sou a alma que berra... o sentimento insano... sou boneca de pano... na infancia da pobreza... sou o louco que grita... as verdades para a realeza... é sou eu... espelho torto do mundo, amor de Prometeu, fogo ao homem, fome de pássaro pontual e solução de caduceu...