12.25.2009

Poemas que cortam

Do aço que corta-me,  face pálida
apenas o brilho basso da lâmina cálida
resta-me de lembrança da beleza ida
resta-me de esperança nesta vida.

Do pálido traço de minha mão ávida
qual hálito escasso nesta boca inválida
dando-me a palavra triste, ilustrativa
dando-me o semblante da altiva diva.

Para perder-me em ilusão destrutiva
para deixar-me factualmente à deriva
em humana, plena  e total dissolução

Segurando minha trêmula, enrugada mão
conduzindo-me para esta vala, vão,
torcendo que, talvez louca e pouca, eu sobreviva...

Um comentário:

Menina do Rio disse...

Eu gosto da tua escrita.
Causam impacto
denserolando-se atos
dramas e tramas
sob a luz da vida
Abrem-se as cortinas
refletores
no palco onde somos
atores...

beijo pra ti

Quem sou eu

Minha foto
Eu sou o fio que liga os pensamentos... o cio dos momentos de afeto... sou o furo no teto... que deixa ver as estrelas... sou a última... não as primeiras... fico no fim da sala... acalmando a alma... que não cala... silenciosa em desatino... sou as palavras sem destino... voando pela goela... sou a alma que berra... o sentimento insano... sou boneca de pano... na infancia da pobreza... sou o louco que grita... as verdades para a realeza... é sou eu... espelho torto do mundo, amor de Prometeu, fogo ao homem, fome de pássaro pontual e solução de caduceu...