9.05.2009

Prosopopéia.

A manhã surge luminosa linda esplendorosa e primaveril. O frio escorre, não mais me ocorre, se vai do Brasil. Sinto-me bem, mesmo sem ninguém, me sinto "a mil". Pode ser só novo ciclo, onde eu fico, não mais com frio. Pode ser, pode ser, pode ser...Sempre o "que será que irá acontecer", mas nesta o sol se vai, vida esvai e a alma trai.(O compormisso mortiço de mudar no solstício.)
Sempre um novo princípio, lá adiante, numa nau viajante, distante, inalcansável e errante (que já se foi...). E nessa minha vida de boi, girando a mó, moendo espinho neste triste lírico moinho, minha alma em nó se sente mais perto do dia de virar pó.
Que bom que acordei, olhei o sol, o calor, o mar e despertei. Dormindo estava, há tanto tempo, que me perdi e nem mais sei. Mas sei que agora, justo agora, nesse tempo restante, vejo o sol, o mar distante e a vida, vivida a cada instante.
O Sol de setembro me invade mesmo não querendo, me faz brilho, me diz: - Não há trilho, seja feliz, louca, linda e atriz, te salvastes por um triz deste inverno da alma, não é mais abril (nem tu febril), tenhas mais calma, primaveril ser diletante, chorando com o pseudônimo de alma lírica, sôfrega e amante. Aproveitas agora, não adiante, pois se piscares... a vida passa em um instante!

ANA LYRA

Me veio assim, era para ser uma prosa, mas virou uma prosopopéia...
Enjoy yourself, if you can...

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Quem sou eu

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Eu sou o fio que liga os pensamentos... o cio dos momentos de afeto... sou o furo no teto... que deixa ver as estrelas... sou a última... não as primeiras... fico no fim da sala... acalmando a alma... que não cala... silenciosa em desatino... sou as palavras sem destino... voando pela goela... sou a alma que berra... o sentimento insano... sou boneca de pano... na infancia da pobreza... sou o louco que grita... as verdades para a realeza... é sou eu... espelho torto do mundo, amor de Prometeu, fogo ao homem, fome de pássaro pontual e solução de caduceu...