9.05.2009

Amor próprio partido.

No sol do mar azul que me perco,
um mol de amor, triste e seco,
me invade tal qual marques de Sade,
me diz amor, dor que não mais arde.

Te aceito, mesmo pouco e rarefeito,
um amor que poderia ser perfeito,
se desfaz, numa luz triste e fugidia,
me desfaz, cresce a cruz, perco o dia.

Mas me chamas, me revolves, me inflamas,
reacendes a sendida longínqua chama.
Te imploro. Me deixes ir, se não me amas!

Mas insistes, persistes em minha cama,
me és triste, perdido tu, em tua fama,
Me amas? Ou só tu, ainda em chamas?

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Quem sou eu

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Eu sou o fio que liga os pensamentos... o cio dos momentos de afeto... sou o furo no teto... que deixa ver as estrelas... sou a última... não as primeiras... fico no fim da sala... acalmando a alma... que não cala... silenciosa em desatino... sou as palavras sem destino... voando pela goela... sou a alma que berra... o sentimento insano... sou boneca de pano... na infancia da pobreza... sou o louco que grita... as verdades para a realeza... é sou eu... espelho torto do mundo, amor de Prometeu, fogo ao homem, fome de pássaro pontual e solução de caduceu...