9.24.2009

Perdoa-me?



Meu corpo ainda arde, da dor sem cor
covarde, auto-imposta que mostra
sem pudor a perda da luz do grande amor
parte toda partida, sou da vida apenas uma posta

vil, retórica bandida, auto-infligida,
dor sem fundamento, sentimento sem tino,
dor louca, sem alento, bandida,
cenário carcerário de imaginário desatino.

Me dói ver teus lindos olhos de menino,
perdendo o sorrir, não posso partir,
sem repartir esta dor, doida sem pino...

Vai perdoa-me por mais que doa esta ilusão,
não é verdade, sou tua inteira, posso ir?
Diga-me quando e onde e lá estará meu coração...

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Quem sou eu

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Eu sou o fio que liga os pensamentos... o cio dos momentos de afeto... sou o furo no teto... que deixa ver as estrelas... sou a última... não as primeiras... fico no fim da sala... acalmando a alma... que não cala... silenciosa em desatino... sou as palavras sem destino... voando pela goela... sou a alma que berra... o sentimento insano... sou boneca de pano... na infancia da pobreza... sou o louco que grita... as verdades para a realeza... é sou eu... espelho torto do mundo, amor de Prometeu, fogo ao homem, fome de pássaro pontual e solução de caduceu...