9.07.2009

Meu Rei.



Da réstia de luz que me ilumina,
do resto de lucidez que quase termina,
quase me extermina esta doença,
(como caos, atribuído a uma negra crença)

Sobrevivo em tua doce presença,
convivo com tua sinistra oniciência
te esqueço me embriagando de ciência

Te levei para cama em sonho,
por entre o escuro medonho,
passando pelo portal do fogo vivo,
(com o escudo do teu olho sobrevivo)
mais uma noite sem sono,
mais uma longa noite longe do dono...
do rei uno, em seu lúgubre trono...

Queria ser teu cão,
dormir a teus pés, no chão
feliz fiel e postado,
de guarda,  teu cão subjulgado,
me bastaria o frio chão
mesmo sendo duro e gelado,
bastaria guardar-te
estar apenas a teu lado.
Faria disto um arte,
meu corpo por ti governado.

Queria, ahhh como queria,
povoar a tua mente,
me entregar a este sonho dormente,
ser tua amante e não ter medo de ser indecente.

Queria... queria mudar o tempo,
este incondicional impossível momento,
mudar meu nascimento
e nascer perto de ti,
como um cachorro, um gato,
uma casa no mato,
ou até simplismente uma rajada de vento,
para lamber inteiro
este teu corpo sorrateiro
em que penso a todo momento....

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Quem sou eu

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Eu sou o fio que liga os pensamentos... o cio dos momentos de afeto... sou o furo no teto... que deixa ver as estrelas... sou a última... não as primeiras... fico no fim da sala... acalmando a alma... que não cala... silenciosa em desatino... sou as palavras sem destino... voando pela goela... sou a alma que berra... o sentimento insano... sou boneca de pano... na infancia da pobreza... sou o louco que grita... as verdades para a realeza... é sou eu... espelho torto do mundo, amor de Prometeu, fogo ao homem, fome de pássaro pontual e solução de caduceu...