8.18.2009

Seria?

Sinto o repelir de uma vontade, em grito,
sinto o insone sopro do vento indeciso,
sinto o inciso de teu verbo, incisivo,
patente, em meu esotérico espírito.


Seria isto apenas uma semente na vala,
Brotando da negrura úmida da terra?
Será que se enterra no verbo que fala?
Será que cala minha boca que berra?

Seria uma tala, uma prótese qualquer?
ou apenas uma mala, onde cabe uma mulher?
seria uma vala, comum, interna?

Onde se enterra a mulher que fala,
que escreve conscrita, triste hiberna,
nestá ibérica península feérica.

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Quem sou eu

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Eu sou o fio que liga os pensamentos... o cio dos momentos de afeto... sou o furo no teto... que deixa ver as estrelas... sou a última... não as primeiras... fico no fim da sala... acalmando a alma... que não cala... silenciosa em desatino... sou as palavras sem destino... voando pela goela... sou a alma que berra... o sentimento insano... sou boneca de pano... na infancia da pobreza... sou o louco que grita... as verdades para a realeza... é sou eu... espelho torto do mundo, amor de Prometeu, fogo ao homem, fome de pássaro pontual e solução de caduceu...