
Pétalas caídas
despetaladas,
postadas, em cinza mortalha,
flores em palha,
pequenos resquícios,
do que um dia foram
nossos vícios,
amores e súplicios...
Flores restantes,
ainda vicejantes no ventre,
será que és tu uma pétala morta
ou apenas vidente?
Vai, me conta,
cada pétala,
cada conta que cai,
é um pouco do amor
que se vai, se esvai...
E só resta minha nudeza,
restante,
postada como livro
lido na estante
da tua alma,
como as flores,
espedaçadas,
cinzas espallhadas
no meu ventre
de ti distante,
( mais ainda resta,
uma única pétala em
fresca em festa,
vermelha vicejante,
em crença,
testemunha única
da tua presença,
meu preferido e imortal amante)
http://trovador.files.wordpress.com/2008/02/sensualidade.jpg
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