
Me dói o braço,
de tanto traço,
de tanta palavra escrita
que minha alma cospe aflita.
Palavra a mil se encadeando,
Palavras sem travas,
me abraçando,
palavras difíceis
e do dia-a-dia,
se transformando em poesia.
( sera que um dia minha cabeça
ficará vazia?)
Já perdi muitos poemas
feitos, só não escritos apenas,
quase perfeitos
que ficaram nos pretéritos
muito mais que perfeitos,
ficaram espalhadas
por toda as moradas.
Poesias choradas,
ridas,
despedaçadas,
bandidas,
doces,
tristes
compunjidas ,
todas elas fugidas
do meu inconsciente,
cético de ser ciente,
abafadas durante decadas
decadentes,
trancadas,
rangendo os dentes,
poemas puros,
outros indecentes,
alguns duros,
outros dormentes,
poemas de tudo,
do falante,
do mudo
e do descontente,
todo tipo de emoção,
todo tipo de vertente,
saem de mim,
docemente...
E isso me acalma
me colore a alma,
me deixa contente...
Então te rogo por favor,
não se vá meu amor,
não me deixe agora,
me acompanhe até o fim,
Minha amada,
poesia em "Mim"...
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