6.22.2009

era uma vez

I.

Era uma vez uma feiticeira
que vivia em tempo vão
era uma vez uma feiticeira
que se apaixonou por um dragão

Era um tempo perdido
distante, inventado
Era um tempo escondido
por mundos trespassado

A feiticeira do tempo
se apaixonou no momento
pelo etérico dragão

E calou o sofrimento
de viver sem sentimento
com gelado coração.


II

Era um dragão poético,
perdido na emoção
já triste e cético
de dilacerado coração


pobre dragão vidente,
triste, já sem esperança,
sobrevivente descrente
neste mundo de matança

até que ela surgiu,
e a tristeza ruiu
suas vigas de sustentação

e a fulgurante luz luziu
e neste momento pariu
iluminado coração.

III

Hoje se ve no céu,
voando no firmamento,
coberta com fino véu,
a feiticeira do tempo,

abraçada ao dragão
voa livre e liberta,
pulsando seu coração
com alegria concreta

voam por sobre os mundos
mergulam em sonhos profundos
de amor e harmonia

hoje voam lado a lado
por universo criado
pelo amor e poesia.

Um comentário:

Anônimo disse...

a alguns dias recebi um email com alguns poemas teus que me deixaram
boquiaberta com tanta coisa bonita
parabens deve ser uma escritora muito feliz se bem que em alguns poemas deixa passar um pouco de tristesa solidao ,mas sao realmente muito bonitos teus poemas em especial este me tornei tua admiradora parabens

Quem sou eu

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Eu sou o fio que liga os pensamentos... o cio dos momentos de afeto... sou o furo no teto... que deixa ver as estrelas... sou a última... não as primeiras... fico no fim da sala... acalmando a alma... que não cala... silenciosa em desatino... sou as palavras sem destino... voando pela goela... sou a alma que berra... o sentimento insano... sou boneca de pano... na infancia da pobreza... sou o louco que grita... as verdades para a realeza... é sou eu... espelho torto do mundo, amor de Prometeu, fogo ao homem, fome de pássaro pontual e solução de caduceu...