12.21.2009

Fado chamado amor





Do amor fiz-me escrava
e minh'alma fugitiva
desta flecha que crava
mata a mulher e a diva.

Do amor fiz-me altiva
fiz-me jaula de triste luz
solitária, independente, ativa
fiz-me algema de veludo e cruz.

Do amor...Decidi ser dor
por não ter nada que por
no lugar do verbo amar.

Mas hoje escolho sonhar
simplesmente me opor
a este fado chamado amor.

2 comentários:

Anderson Cristiano da Costa disse...

Ah... sempre o amor,esta dor que desejamos e que ao mesmo tempo amaldiçoamos! Seres humanos perdidos, somos sim, e vivemos paradoxos tão complexos que nem sabemos até onde vai a vida.
Belo poema!

Abraço

Anderson Cristiano da Costa

Tropeços Literários disse...

Grata pelo comentário, e sim sempre o amor, na vida é apenas o que falta-me. Vislumbro dois caminhos, eu transcender o amor pessoal e ir ao amor universal, ou então torcer para ter sorte e ganhar esta loteria chamada relação conjugal... Enquanto isso poeto a vida até passar mal...
Grande abraço e grata pela participação, procurarei variar a temática, quem sabe assim não aproximo-me mais do amor universal.

Quem sou eu

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Eu sou o fio que liga os pensamentos... o cio dos momentos de afeto... sou o furo no teto... que deixa ver as estrelas... sou a última... não as primeiras... fico no fim da sala... acalmando a alma... que não cala... silenciosa em desatino... sou as palavras sem destino... voando pela goela... sou a alma que berra... o sentimento insano... sou boneca de pano... na infancia da pobreza... sou o louco que grita... as verdades para a realeza... é sou eu... espelho torto do mundo, amor de Prometeu, fogo ao homem, fome de pássaro pontual e solução de caduceu...