11.22.2009

O muso se foi.

o muso se foi
levando por engano meu corpo de luz.

o muso se foi,
 virei casta monja escondida por negro capuz.

o muso se foi
não deu nem um oi, a poetisa se tinge de pus.

o muso se foi,
montado num boi com destino à cruz..

o muso se foi
foi-se o o muso, acabou-se seu uso.

Amá-lo seia abuso,
apenas ângulo obtuso,
músculo protuso.


O muso se foi
meu corpo de carne arde
color em minha noite tarde.

Saudade  invade,
mas tingida de verde jade
em esperança reluz..

Espero que o muso volte,
que nunca se revolte,
que solte
a poesia louca, vibrante, carmim.

[Apoesia erótica que existe em mim.]

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Quem sou eu

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Eu sou o fio que liga os pensamentos... o cio dos momentos de afeto... sou o furo no teto... que deixa ver as estrelas... sou a última... não as primeiras... fico no fim da sala... acalmando a alma... que não cala... silenciosa em desatino... sou as palavras sem destino... voando pela goela... sou a alma que berra... o sentimento insano... sou boneca de pano... na infancia da pobreza... sou o louco que grita... as verdades para a realeza... é sou eu... espelho torto do mundo, amor de Prometeu, fogo ao homem, fome de pássaro pontual e solução de caduceu...