8.08.2009

Nós...apertado cós...

queria a como queria
ser cheia e não vazia
para poder me esvaziar
e encher
de vida
quem precisar.

Queria poder
tudo
queria tudo poder
para fazer com que meus amigos
nunca venham a padecer.


(e meus inimigos
crescerem ao me ver crescer)

queria se sorvimento
ser sorvida a cada
instante
queria ser livro aberto,
voando perto do teto
da mente fascinante
queria não ser amante,
sim estrela estaxiante
nunca esquecida
na estante
da tua mente
desolada.
queria falar,
não ser calada,
queria te acalentar,
cantar e se cantada
queria te amar,
morna, monga,
morgada,
molhada e distante.
Mas sou
mulher jogada,
fora
agora nem mais na estante,
estandarte
da arte,
já passada
distante...
ai tristeza, insatisfação,
minha alma delirante...

( será que não aprendo, ainda não sofri bastante ?)

queria
ser bebida
e ser refrescante
sedendo a sede
calcinante
que assola todos
nós

que nos esmaga
como mós de moinhos,
que nos aperta como
cós, e colarinhos

necessários
artíficio
de proletários
ofícios
na arte de ser.

Queria tanto
poder viver,
crescer,
convencer
sem submeter,
trair,
ser,
quem não quero
ser,
um eterno,
inferno,
de terno
e conhecer.

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Quem sou eu

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Eu sou o fio que liga os pensamentos... o cio dos momentos de afeto... sou o furo no teto... que deixa ver as estrelas... sou a última... não as primeiras... fico no fim da sala... acalmando a alma... que não cala... silenciosa em desatino... sou as palavras sem destino... voando pela goela... sou a alma que berra... o sentimento insano... sou boneca de pano... na infancia da pobreza... sou o louco que grita... as verdades para a realeza... é sou eu... espelho torto do mundo, amor de Prometeu, fogo ao homem, fome de pássaro pontual e solução de caduceu...