É morte, nascimento vício,
é vida além de cada pricipicio,
é delirio, ardor, suplício,
é viver ouvindo auspício.
É correr, percorrer risco
e colher, é amar e não querer, misto
é duro marca forte, é Xisto
é tudo, é aquilo, é nada, é isto.
É furo, É faca, é muro, é maca,
é tudo, é vaca, é louca,
é leste, é peste,é suína,
é calda equina, é menino ou menina?
É início, é fila, é caminho,
é mãe, é o filho ou o vizinho,
é o gordo, o novo, o magro e vozinho.
É tudo, em entrópica tropical confusão
(só mesmo se Deus me segurar pela mão...)
O poeta é um fingidor/Finge tão completamente/Que chega a fingir que é dor/A dor que deveras sente. /E os que lêem o que escreve,/Na dor lida sentem bem, /Não as duas que ele teve,/ Mas só a que eles não têm./E assim nas calhas de roda/Gira, a entreter a razão,/Esse comboio de corda/Que se chama coração. Ricardo Reis
9.05.2009
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Quem sou eu
- Tropeços Literários
- Eu sou o fio que liga os pensamentos... o cio dos momentos de afeto... sou o furo no teto... que deixa ver as estrelas... sou a última... não as primeiras... fico no fim da sala... acalmando a alma... que não cala... silenciosa em desatino... sou as palavras sem destino... voando pela goela... sou a alma que berra... o sentimento insano... sou boneca de pano... na infancia da pobreza... sou o louco que grita... as verdades para a realeza... é sou eu... espelho torto do mundo, amor de Prometeu, fogo ao homem, fome de pássaro pontual e solução de caduceu...
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