Poetisa triste,
olhos de azeviche,
lábios de canela.
Sua poesia existe,
em cada alma triste,
inspirada por ela.
De amores em vão,
perdido coração
em eterna espera.
Em cada desilusão
brota por sua mão
a métrica mais bela.
Deixa eternamente,
marcada em toda gente
que gosta e lê ela.
Cada dor pungente,
triste e gemente,
cantada é tão bela.
Pela poetisa triste,
que chora e resiste,
eterna, linda, Florbela.
O poeta é um fingidor/Finge tão completamente/Que chega a fingir que é dor/A dor que deveras sente. /E os que lêem o que escreve,/Na dor lida sentem bem, /Não as duas que ele teve,/ Mas só a que eles não têm./E assim nas calhas de roda/Gira, a entreter a razão,/Esse comboio de corda/Que se chama coração. Ricardo Reis
9.05.2009
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Quem sou eu
- Tropeços Literários
- Eu sou o fio que liga os pensamentos... o cio dos momentos de afeto... sou o furo no teto... que deixa ver as estrelas... sou a última... não as primeiras... fico no fim da sala... acalmando a alma... que não cala... silenciosa em desatino... sou as palavras sem destino... voando pela goela... sou a alma que berra... o sentimento insano... sou boneca de pano... na infancia da pobreza... sou o louco que grita... as verdades para a realeza... é sou eu... espelho torto do mundo, amor de Prometeu, fogo ao homem, fome de pássaro pontual e solução de caduceu...
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