9.05.2009

Lágrima






















Uma gota salgada,
neste ocenao de mágoa.
Uma trégua, uma régua
passada,
uma folha amassada,

Lágrima,
um maço no fim, escasso,
um soluço sem espaço,
um laço, um apagar de
um traço,
uma negra linha em esfumaço.
um soco no meio do baço,
um distanciar, sem abraço,
um límpido líquido
em que me desfaço,
(e me refaço)

Uma vida,
triste e amputada,
amargurada.

Uma família distante,
distanciada,
pela diástase assexuada.

Lágrima,
uma página,
virada,
arrancada,
triste apagada
amassada,
em forma de água
na minha face rasgada
de mágoa,
vermelha, pletórica,
edemaciada.

Melhor água lavada
do meu coração
uma gota no oceano
da desilusão.

Lágrima,
um álgebra
quebrada,
soma errada,
eu, tu e minha alma calada.

Mas com lágrimas, minhas mágoas, são lavadas com essas águas tristes e salgadas, que serão desaguadas bem no fundo, do oceano do mundo.

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Quem sou eu

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Eu sou o fio que liga os pensamentos... o cio dos momentos de afeto... sou o furo no teto... que deixa ver as estrelas... sou a última... não as primeiras... fico no fim da sala... acalmando a alma... que não cala... silenciosa em desatino... sou as palavras sem destino... voando pela goela... sou a alma que berra... o sentimento insano... sou boneca de pano... na infancia da pobreza... sou o louco que grita... as verdades para a realeza... é sou eu... espelho torto do mundo, amor de Prometeu, fogo ao homem, fome de pássaro pontual e solução de caduceu...