Quantos olhos são necessários para ver o sol se por? quantos matizes são necessários para chamarmos isso de cor? quantos pássaros são necessários para voar? quantos palcos são necessários para encenar? Tão perdida estava eu no meu mundo privado que privada fiquei eu em meu mundo imaginado Esqueci que além da janela, há um mundo lá fora que a vida é vela, que se apaga a qualquer hora. Esqueci que além do teto existe azul céu que as abelhas picam, mas fazem também mel. Que existe um amor que transcende um simples ato que existe em toda parte, não só dentro de um quarto. Assim eu decidi sair deste escuro poço sem fundo, Desisti de amar um homem, aprenderei a amar o mundo. |
O poeta é um fingidor/Finge tão completamente/Que chega a fingir que é dor/A dor que deveras sente. /E os que lêem o que escreve,/Na dor lida sentem bem, /Não as duas que ele teve,/ Mas só a que eles não têm./E assim nas calhas de roda/Gira, a entreter a razão,/Esse comboio de corda/Que se chama coração. Ricardo Reis
5.01.2010
Ponto de mutação
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Quem sou eu
- Tropeços Literários
- Eu sou o fio que liga os pensamentos... o cio dos momentos de afeto... sou o furo no teto... que deixa ver as estrelas... sou a última... não as primeiras... fico no fim da sala... acalmando a alma... que não cala... silenciosa em desatino... sou as palavras sem destino... voando pela goela... sou a alma que berra... o sentimento insano... sou boneca de pano... na infancia da pobreza... sou o louco que grita... as verdades para a realeza... é sou eu... espelho torto do mundo, amor de Prometeu, fogo ao homem, fome de pássaro pontual e solução de caduceu...
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