Sinto-me amordaçada, triste, toldada de liberdade, mão cala-me a boca, ja quase rouca, choro a verdade, sinto-me proibida, muda, tolhida de livre expressão. Todos são amantes, delirantes, nem amigo nem irmão? Decido, calo-me, silente, temerosa, muda fico, Calo minha rima,que vem de cima em rimado grito? Pois amo! E mesmo com ciume insano, louco, suporto, mas que culpa tenho se em rima alcanço, mentes aporto? Juro-te solenemente: Amo-te aguda e sinceramente! Não julgues-me por leviana, vil, vulgar e profana, pois sou tua, inteira tua, a luz da lua, diariamente. Espero-te paciente, calada, nua de pretendente, mas fico, triste sozinha, muda, átona e insana solitária, perdida, triste da vida, com sede de gente. |
O poeta é um fingidor/Finge tão completamente/Que chega a fingir que é dor/A dor que deveras sente. /E os que lêem o que escreve,/Na dor lida sentem bem, /Não as duas que ele teve,/ Mas só a que eles não têm./E assim nas calhas de roda/Gira, a entreter a razão,/Esse comboio de corda/Que se chama coração. Ricardo Reis
10.15.2009
Ciúme
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Quem sou eu
- Tropeços Literários
- Eu sou o fio que liga os pensamentos... o cio dos momentos de afeto... sou o furo no teto... que deixa ver as estrelas... sou a última... não as primeiras... fico no fim da sala... acalmando a alma... que não cala... silenciosa em desatino... sou as palavras sem destino... voando pela goela... sou a alma que berra... o sentimento insano... sou boneca de pano... na infancia da pobreza... sou o louco que grita... as verdades para a realeza... é sou eu... espelho torto do mundo, amor de Prometeu, fogo ao homem, fome de pássaro pontual e solução de caduceu...
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