Esta luz fascinante deste teu olhar distante, esquenta minha alma errante e com frio, Este brilho de estrela distante me deixa delirante, acende meu pavio. Esta expectativa louca e vibrante de ver esta estrela fascinante, desviando por mim um curso de rio me faz trapezista, artista me tece fio-a-fio. Preenche meu corpo vazio, aquece minha alma, da calma me afasta da vida casta e com frio. Derrete meu corpo, quase morto, que ainda não caiu. Quero ser tua, nua sem véu, iluminar como lua teu céu, dar-te na boca candura, eliminar teu fél... Sou eu loucura, a cura, que procura, a frescura de um amor com sabor de "meu" e de mel. |
O poeta é um fingidor/Finge tão completamente/Que chega a fingir que é dor/A dor que deveras sente. /E os que lêem o que escreve,/Na dor lida sentem bem, /Não as duas que ele teve,/ Mas só a que eles não têm./E assim nas calhas de roda/Gira, a entreter a razão,/Esse comboio de corda/Que se chama coração. Ricardo Reis
10.15.2009
Amar um amor.
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Quem sou eu
- Tropeços Literários
- Eu sou o fio que liga os pensamentos... o cio dos momentos de afeto... sou o furo no teto... que deixa ver as estrelas... sou a última... não as primeiras... fico no fim da sala... acalmando a alma... que não cala... silenciosa em desatino... sou as palavras sem destino... voando pela goela... sou a alma que berra... o sentimento insano... sou boneca de pano... na infancia da pobreza... sou o louco que grita... as verdades para a realeza... é sou eu... espelho torto do mundo, amor de Prometeu, fogo ao homem, fome de pássaro pontual e solução de caduceu...
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