Que me falta então,
já recuperei o coração,
já re-traceui o destino,
sou independente dragão vespertino
Vou livre e escolho,
sou eu mesmo meu molho,
meu vinho, meu tinto
amor que pressinto.
E me recupero,
deste sofrimento
traidor sincero,
que fecha-me a porta.
Amor é lingua morta
latim de boca torta,
triste falência,
lúgubre demência
que emburrece,
que enrubece
de desfalece
a dignidade.
Sou Rei Dragão,
tenho meu mundo em minha mão
gesto meu tempo
no coração.
Fico perdido ao vento,
louco atolodo am auto-comiseração.
Não, não e não
Sou pássaro, lagarto,
e norte,
sou criado de boa sorte,
sobrevivo a morte
de a falta de noção.
Vivo com pouca memória,
meu coração que guarda história
de princesa de bom corção...
segue
O poeta é um fingidor/Finge tão completamente/Que chega a fingir que é dor/A dor que deveras sente. /E os que lêem o que escreve,/Na dor lida sentem bem, /Não as duas que ele teve,/ Mas só a que eles não têm./E assim nas calhas de roda/Gira, a entreter a razão,/Esse comboio de corda/Que se chama coração. Ricardo Reis
10.05.2009
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Quem sou eu
- Tropeços Literários
- Eu sou o fio que liga os pensamentos... o cio dos momentos de afeto... sou o furo no teto... que deixa ver as estrelas... sou a última... não as primeiras... fico no fim da sala... acalmando a alma... que não cala... silenciosa em desatino... sou as palavras sem destino... voando pela goela... sou a alma que berra... o sentimento insano... sou boneca de pano... na infancia da pobreza... sou o louco que grita... as verdades para a realeza... é sou eu... espelho torto do mundo, amor de Prometeu, fogo ao homem, fome de pássaro pontual e solução de caduceu...
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