10.29.2009

Os tempos


Prostrada no chão,
ergo minha mão,
conclamo a união,
com o céu,
para extermínio
da escuridão.

Peço a Deus, por tudo, perdão!
Purifico, clarifico meu coração.

Me livro do pecado,
da carne encarnado.

Nego-me o negro lado.
Sinto-me ao fim, conclamado.

Toca a primeira trombeta,
a porta é fina, estreita.

A escolha tem de ser feita,
não com "ficar parado",
tem-se que escolher o lado.

Escolho o amor, o sagrado,
meu corpo ao mal é fechado.

Meu espírito pelo anjo,
é chamado, "o tempo já é chegado".

Só os de puro coração sobreviverão,
verão a luz que dissipa a escuridão.

Depois dela vem o silêncio,
é isto que ouço,
é isto que penso.

O mundo é vasto imenso,
o momento gasto é tenso.

Portanto meu irmão,
dê-me a mão
e juntos enfrentaremos as trevas
constituiremos regras,
exterminaremos a escuridão.

Iremos com calma,
com firmeza na alma,
armados com clareza na mão,
coroados com beleza no coração,
armados com amor de irmão.

Assim venceremos,
sobreviveremos,
com poesia e amor
construiremos
uma nova dimensão.

Onde só exista, paz, amor e união.

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Quem sou eu

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Eu sou o fio que liga os pensamentos... o cio dos momentos de afeto... sou o furo no teto... que deixa ver as estrelas... sou a última... não as primeiras... fico no fim da sala... acalmando a alma... que não cala... silenciosa em desatino... sou as palavras sem destino... voando pela goela... sou a alma que berra... o sentimento insano... sou boneca de pano... na infancia da pobreza... sou o louco que grita... as verdades para a realeza... é sou eu... espelho torto do mundo, amor de Prometeu, fogo ao homem, fome de pássaro pontual e solução de caduceu...