Então ele abriu seu grandes olhos de escuridão, vomitou suas conjuradas prosopopéias pseudo-filosóficas, superficiais e desagregadas, após sorriu. "Não és intelegível aos reles mortais, apenas aos Deuses" lhe sussurrava o inflado ego ao segurar-lhe a testa enquanto vomitava seus velados impropérios disfarçados de conteúdo. E, absorto, ficou observando os restos semi digeridos de filosofia e história espalhados em pedaços umidificados pelas secreções do estômago de seus escassos leitores, atônitos e aflitos. Olhava, com certo orgulho de pai, o rebento, o vômito fétido, escuro e bilioso de seu cérebro em confusão, frustração e inconsciência (da confusão e frustração!)
Dizia na sopa de letrinha regurgitada, "Aqui jaz o grande ego de um pequeno escritor".
O poeta é um fingidor/Finge tão completamente/Que chega a fingir que é dor/A dor que deveras sente. /E os que lêem o que escreve,/Na dor lida sentem bem, /Não as duas que ele teve,/ Mas só a que eles não têm./E assim nas calhas de roda/Gira, a entreter a razão,/Esse comboio de corda/Que se chama coração. Ricardo Reis
8.15.2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Quem sou eu
- Tropeços Literários
- Eu sou o fio que liga os pensamentos... o cio dos momentos de afeto... sou o furo no teto... que deixa ver as estrelas... sou a última... não as primeiras... fico no fim da sala... acalmando a alma... que não cala... silenciosa em desatino... sou as palavras sem destino... voando pela goela... sou a alma que berra... o sentimento insano... sou boneca de pano... na infancia da pobreza... sou o louco que grita... as verdades para a realeza... é sou eu... espelho torto do mundo, amor de Prometeu, fogo ao homem, fome de pássaro pontual e solução de caduceu...
Nenhum comentário:
Postar um comentário