8.01.2009

Ainda em mim...


Me dói o braço,
de tanto traço,
de tanta palavra escrita
que minha alma cospe aflita.
Palavra a mil se encadeando,
Palavras sem travas,
me abraçando,
palavras difíceis
e do dia-a-dia,
se transformando em poesia.
( sera que um dia minha cabeça
ficará vazia?)
Já perdi muitos poemas
feitos, só não escritos apenas,
quase perfeitos
que ficaram nos pretéritos
muito mais que perfeitos,
ficaram espalhadas
por toda as moradas.
Poesias choradas,
ridas,
despedaçadas,
bandidas,
doces,
tristes
compunjidas ,
todas elas fugidas
do meu inconsciente,
cético de ser ciente,
abafadas durante decadas
decadentes,
trancadas,
rangendo os dentes,
poemas puros,
outros indecentes,
alguns duros,
outros dormentes,
poemas de tudo,
do falante,
do mudo
e do descontente,
todo tipo de emoção,
todo tipo de vertente,
saem de mim,
docemente...

E isso me acalma
me colore a alma,
me deixa contente...

Então te rogo por favor,
não se vá meu amor,
não me deixe agora,
me acompanhe até o fim,
Minha amada,
poesia em "Mim"...

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Quem sou eu

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Eu sou o fio que liga os pensamentos... o cio dos momentos de afeto... sou o furo no teto... que deixa ver as estrelas... sou a última... não as primeiras... fico no fim da sala... acalmando a alma... que não cala... silenciosa em desatino... sou as palavras sem destino... voando pela goela... sou a alma que berra... o sentimento insano... sou boneca de pano... na infancia da pobreza... sou o louco que grita... as verdades para a realeza... é sou eu... espelho torto do mundo, amor de Prometeu, fogo ao homem, fome de pássaro pontual e solução de caduceu...