O poeta é um fingidor/Finge tão completamente/Que chega a fingir que é dor/A dor que deveras sente. /E os que lêem o que escreve,/Na dor lida sentem bem, /Não as duas que ele teve,/ Mas só a que eles não têm./E assim nas calhas de roda/Gira, a entreter a razão,/Esse comboio de corda/Que se chama coração. Ricardo Reis
8.01.2009
Ressurreição
Embora o dia insistisse
em dormir, cinza de pijama
eu decidi viver
sair da minha cinza cama...
Levantei, me sacudi,
me estiquei, me alonguei,
me resolvi,
Decidi,
que se me fizer de bonita,
quase todo mundo acredita.
Lavei meu cabelo,
pentiei meu pelo,
peguei meu negro
cavalo ( carro)
elameado de barro.
E fui passear pelo mar,
sentir o vento frio me beijar,
ver, ouvir sentir
só em faltou viajar
com os pássaros a migrar.
Me desliguei, respirei,
meditei,
quando vi flutuava,
aos poucos voltava
enfim a viver.
(pois antes resfolegava,
triste ser a sobreviver)
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Quem sou eu
- Tropeços Literários
- Eu sou o fio que liga os pensamentos... o cio dos momentos de afeto... sou o furo no teto... que deixa ver as estrelas... sou a última... não as primeiras... fico no fim da sala... acalmando a alma... que não cala... silenciosa em desatino... sou as palavras sem destino... voando pela goela... sou a alma que berra... o sentimento insano... sou boneca de pano... na infancia da pobreza... sou o louco que grita... as verdades para a realeza... é sou eu... espelho torto do mundo, amor de Prometeu, fogo ao homem, fome de pássaro pontual e solução de caduceu...
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