O poeta é um fingidor/Finge tão completamente/Que chega a fingir que é dor/A dor que deveras sente. /E os que lêem o que escreve,/Na dor lida sentem bem, /Não as duas que ele teve,/ Mas só a que eles não têm./E assim nas calhas de roda/Gira, a entreter a razão,/Esse comboio de corda/Que se chama coração. Ricardo Reis
9.08.2009
Do crítico que não gosta de individualismo.
Me digas tu que és sábio,
que ja´vivestes mais que o mundo,
que és detentor de conhecimento profundo,
que comprastes toda a verdade do mundo,
por favor, em que ato, ou decreto abstrato,
ou quiçá delimitado em contrato,
ou em algum decrepto decreto,
abjeto e já casto,
onde estaria escrito
este conceito escasso,
que poesia não é individual,
que é coletivo inconsciente bacanal,
de letras sem traço pessoal.
Se me mostrares, me amputo de "Mim"
e quiçá a poesia que dizes que não existe, tenha fim.
Assim os críticos, tristes e satíricos sejam poupados
dos pessoais universos poetados.
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Quem sou eu
- Tropeços Literários
- Eu sou o fio que liga os pensamentos... o cio dos momentos de afeto... sou o furo no teto... que deixa ver as estrelas... sou a última... não as primeiras... fico no fim da sala... acalmando a alma... que não cala... silenciosa em desatino... sou as palavras sem destino... voando pela goela... sou a alma que berra... o sentimento insano... sou boneca de pano... na infancia da pobreza... sou o louco que grita... as verdades para a realeza... é sou eu... espelho torto do mundo, amor de Prometeu, fogo ao homem, fome de pássaro pontual e solução de caduceu...
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