Preliminares...
são tuas carícias,
virtuais delícias, liminares
de soltura dos meus desejos.
Sinto saudade
dos salutares beijos
sem liberdade,
porejos de emoção,
multidão de sentimentos,
de delírios e tormentos.
Onde me largo ao vento,
trago de um gole o sentimento,
não sobra gota de momento.
Corro,
galopo com meu cabelo
no "Teu" colo
(o "Meu" convento),
e me choco com o teu pelo
ja tão calcinado pelo fogo,
do jogo da sedução
da mente.
Indução gemente,
carente,
coração doente,
indecente,
insone...
que te consome...
perdido nos meus olhos de noite
açoitado por meus cabelos de açoite...
O poeta é um fingidor/Finge tão completamente/Que chega a fingir que é dor/A dor que deveras sente. /E os que lêem o que escreve,/Na dor lida sentem bem, /Não as duas que ele teve,/ Mas só a que eles não têm./E assim nas calhas de roda/Gira, a entreter a razão,/Esse comboio de corda/Que se chama coração. Ricardo Reis
7.02.2009
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Quem sou eu
- Tropeços Literários
- Eu sou o fio que liga os pensamentos... o cio dos momentos de afeto... sou o furo no teto... que deixa ver as estrelas... sou a última... não as primeiras... fico no fim da sala... acalmando a alma... que não cala... silenciosa em desatino... sou as palavras sem destino... voando pela goela... sou a alma que berra... o sentimento insano... sou boneca de pano... na infancia da pobreza... sou o louco que grita... as verdades para a realeza... é sou eu... espelho torto do mundo, amor de Prometeu, fogo ao homem, fome de pássaro pontual e solução de caduceu...
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