Era um dia médio,
quase morria de tédio,
entrei naquele prédio,
estava muito calor,
entrei no elevador
cinza sem cor...
tinha um lobo,
lindo e bobo
derretido todo...
resolvi me divertir,
sorrir,
ver o lobo se sacudir...
resolvi abrir a camisa
fiz bico para fazer brisa
estava certa consisa,
chegava a dar dó
na camisa fiz um nó
o pobre lobo, reduzido a pó!!!
então bem séria olhei,
parei
perguntei
onde tenho que apertar?
para este elevador parar
qual o botão, vou acertar?
os olhos do lobo saltaram
quase lacrimejaram
em meus seios pararam...
Pois agora?
Minha senhora
porque isso a essa hora?
para para o tempo
em um só momento
e quem sabe,
terás mais que um pensamento!
o lobo nem piscou,
voou,
apertou
tocou uma campainha
_trim...(ela será só minha
aqui sozinha
a caixa parou num tranco
um grande solavanco
seu colo virou meu banco
eu ali estatelada
toda esparramada
com a brusca parada
depois veio a calmaria,
tão tipica daquele dia
so mudou a facies
do lobo bobo que sorria...
O poeta é um fingidor/Finge tão completamente/Que chega a fingir que é dor/A dor que deveras sente. /E os que lêem o que escreve,/Na dor lida sentem bem, /Não as duas que ele teve,/ Mas só a que eles não têm./E assim nas calhas de roda/Gira, a entreter a razão,/Esse comboio de corda/Que se chama coração. Ricardo Reis
7.15.2009
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Quem sou eu
- Tropeços Literários
- Eu sou o fio que liga os pensamentos... o cio dos momentos de afeto... sou o furo no teto... que deixa ver as estrelas... sou a última... não as primeiras... fico no fim da sala... acalmando a alma... que não cala... silenciosa em desatino... sou as palavras sem destino... voando pela goela... sou a alma que berra... o sentimento insano... sou boneca de pano... na infancia da pobreza... sou o louco que grita... as verdades para a realeza... é sou eu... espelho torto do mundo, amor de Prometeu, fogo ao homem, fome de pássaro pontual e solução de caduceu...
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